Finalmente está.

Não posso dizer que tenha sido o processo mais simples do mundo. Mas está feito. Completar é importante. Concretizar. Chegar até ao fim. Cruzar a linha da meta. É o que nos realimenta o sonho. Porque desenhar na mente alicia mais quando sabemos que vai acontecer.

Não quero dizer que devamos levar tudo até ao fim. Gosto da liberdade de poder desistir de projetos que afinal não tinham tanto interesse como parecia. Gosto de poder deixar livros a meio, se não me estão a dar prazer. Há tantos livros tão bons, para quê insistir num que é apenas "assim assim"?

Mas dá mais frio na barriga navegar nos sites de viagens quando sabemos que, se tropeçarmos numa fantástica promoção, vamos mesmo comprar. Nesse comprar está o ir, está assumir que vamos mesmo entrar nesse avião, até à Índia ou Quénia, Patagónia ou Islândia. A partir daí tudo o resto se resolverá à volta do facto. Sonhar é bom, mas ir mesmo faz toda a diferença. Dá sentido ao plano. Realizar, cá fora, o que tanto matuta na mente, é criar a nossa história. É construir e edificar uma existência. O mais importante na vida é experienciar, é acontecer. Daí que, querendo e podendo ir, nunca ficar!


Este livro aí está. Saltou cá para fora, para a existência. De verdade, completo, terminado, o resultado de muitos meses de trabalho. Trabalho exigente com uma equipa exigente. Trabalho de chegar a certa altura e ouvir "vai ter que rescrever esta parte toda. do zero." Enfim, momentos duros que agora já quase vejo como divertidos. Sempre com o ego a querer empecilhar, como é costume nestas coisas. Uma parte de mim a duvidar se serei capaz, uma parte a que convém não ligar muito... a que convém não passar os comandos, ou a coisa descarrila.


Esperava que, ao vê-lo em mão, pela primeira vez impresso, na editora, fosse um momento especial. E em parte foi, mas, confesso: mesmo, mesmo, foi quando o vi, pela primeira vez, na prateleira de destaques da Bertrand. Uma fileira deles. Tão bonitos! Mas também tão expostos... terão alguma gralha? Se calhar a própria capa tem um erro: que medo!... E será que alguém vai gostar de ler? Terei escrito as frases certas? Enfim, tolices... mas, no geral: que momento! O gasoso etéreo da projeção a solidificar-se à minha frente. A tornar-se concreto, no sentido físico da palavra, como se fosse cimento e eu a esbarrar contra ele em plena livraria.


Este meu livro fala sobre mil coisas. Sobre mente e mecânica. Sobre foco e distrações. Sobre Robots e Generais. Sobre perfecionismo e procrastinação. Sobre email e listas de tarefas. Sobre interrupções e reuniões. Sobre ego e contributo. Sobre sonhos e realização pessoal. Sobre flow e sobre emoção. É uma espécie de manual de gestão de tempo, mas diferente. E, sim, o subtítulo é importante: "7 passos para ser mais produtivo com MENOS disciplina". Porque quando compreendemos um pouco melhor como funciona o motor cá por dentro, vemos que fazer acontecer, tem muito menos que ver com disciplina do que se possa pensar... e vemos que viver feliz e alinhado com valores tem muito menos que ver com controlar do que com deixar fluir.

Para atiçar um pouco a curiosidade sobre os conteúdos, vou publicar uma série de vídeos com truques e dicas práticas. Aqui fica um vídeo inicial, que já publiquei antes, mas que julgo muitos não terão ainda visto.

Aproveito para convidar todos para o lançamento no Porto, que é Sábado, dia 03, na Fnac do NorteShopping, pelas 18h30. Vemo-nos por lá?
 

Gonçalo Gil Mata

P.S: Também estarei em Braga, dia 10, e em Lisboa, dia 15.